“ Princípios de Revelação na Palavra Aula 2.”

Escrito em 18/02/2021
Família Viva Realengo


“ Funções do espírito.”

‘‘E vós possuís a unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimen- to’’, I Jo.1:20.

Pela Palavra de Deus e pela experiência, podemos ver que o homem possui três partes: espírito, alma e corpo.
O corpo é a parte material, onde estão os nossos sentidos físicos. A sua função básica é manter contato com o mundo material através dos cinco sentidos.
A alma é a parte que nos permite ter contato conosco mesmos. É a parte que nos permite ter consciência de nós mesmos. A alma é o “eu”, e , portanto, o centro da personalidade.
O espírito é aquela parte pela qual temos comunhão com Deus. É o elemento que nos dá consciência de Deus. A alma é o centro da personalidade, mas o espírito é a parte mais importante e o centro de todo o nosso ser. É pelo espírito que podemos adorar a Deus e receber revelação. Deus habita em nosso espírito.
Funções do espírito
O espírito humano possui três funções básicas: intuição, consciência e comunhão. a. A função da intuição
‘‘E vós possuís a unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimen- to’’, I Jo.1:20.
‘‘Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós e não tendes necessidade de que alguém vos ensine , mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou’’, I Jo.2:27.
Nós vivemos hoje debaixo da Nova Aliança onde todos são ensinados do Senhor (Jr.31:34). Você não sabe como chegou a saber disso, mas há algo em seu interior que diz que certas coisas não são verdadeiras e outras não. Chamamos isso de intuição.
‘‘Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até o maior deles. Diz o Senhor’’, Jr.31:34.
A intuição é a capacidade do espírito humano de conhecer ou de saber algo, independentemen- te de qualquer influência exterior. É o conhecimento que chega até nós, sem qualquer ajuda da mente ou da emoção; ele chega intuitivamente.
As revelações de Deus e todas as ações do Espírito Santo se tornam conhecidas por nós pela intuição do espírito.
Intuição é um saber que não tem origem na mente e nem nas circunstâncias ao redor. As coisas do Espírito têm de ser discernidas pelo nosso espírito (I Co. 2:14).

Jesus percebia, no seu espírito, o que os outros arrazoavam (Mc. 2:8). Paulo foi constrangido no espírito (At. 20:22). Em todas essas referências, temos a forma como se manifesta a intuição do espírito.
A intuição se manifesta pela restrição e pelo constrangimento. A restrição é uma sensação que as vezes parece opor-se ao que a nossa mente pensou, nossa emoção aceitou e a nossa vontade decidiu. É uma sensação de que algo não deve ser feito.
O constrangimento é um impulso, um estímulo para que façamos algo que parece irracional e até contrário à nossa vontade.
Há uma diferença entre o conhecer e o entender. O conhecer está no espírito, enquanto que o entender está na mente. Conhecemos algo através da intuição do espírito, a nossa mente é então iluminada para entender e traduzir o que a intuição conheceu.
Na intuição do espírito percebemos a persuasão do Espírito Santo, na mente entendemos a orientação do Espírito Santo.
O conhecimento da intuição é chamado na Bíblia de revelação. Revelação é o desvendar, pelo Espírito Santo, da verdadeira realidade de alguma coisa. Esse tipo de conhecimento é muito mais profundo que o conhecimento da mente. A unção do Senhor nos ensina a respeito de todas as coisas, pelo espírito de revelação e de entendimento.
b. A Função da consciência
Consciência é a capacidade de discernir entre o certo e o errado, não segundo os critérios da mente, mas segundo a sensação do espírito (Rm.9:1; At.17:16).
Comparando Romanos 9:1 e Atos.17:16, concluímos que a consciência está localizada no espí- rito humano.
Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espíri- to Santo, a minha própria consciência. Rm. 9:1
Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade. At. 17:16
Testificar, confirmar, recusar, acusar, são manifestações da consciência.
Em I Coríntios 5:3, Paulo diz que, em seu espírito, julgou uma pessoa pecaminosa. Ele usou a consciência do espírito para julgar.
Freqüentemente a consciência condena coisas que a nossa mente aprova. O julgamento da consciência não é segundo o conhecimento mental, mas segundo a direção do próprio Espírito Santo.
Na Bíblia existem dois caminhos: o caminho tipificado pela árvore da vida e a do conhecimen- to do bem e do mal. Não somos exortados na Palavra a andarmos segundo o padrão de certo e errado, mas sim a sermos guiados pelo espírito.
Não somos exortados na Palavra a andarmos segundo o padrão moral de certo ou errado, mas sim a sermos guiados pelo espírito. A mente faz ponderações sobre certo e errado, mas a consciência não faz ponderações, apenas decide.
Quando você pára diante de um cinema, qual é a sua ponderação? ‘‘Não é pornográfico, não é errado, não faz mal, portanto, eu posso assistir’’. Tais ponderações não são da consciência; é a mente decidindo, independentemente. Como já disse a consciência não faz ponderações, apenas decide.

Há muitas coisas que a nossa consciência recusa, mas a nossa mente aprova. Devemos rejeitar de uma vez por todas o caminhar segundo a mente, segundo a árvore do conhecimento, e seguirmos pelo espírito, pelo princípio da vida de Deus em nós, percebido em nossa consciência.
Precisamos ser absolutos para com aquilo que Deus condena em nossa consciência. Nunca devemos tentar explicar o pecado, justificando-o. Sempre que a nossa consciência recusar algo, deve- mos parar imediatamente.
Se você não tem convicção não faça porque tudo o que não vem de plena certeza e fé é pecado (Romanos 14:23 ).
Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado. Rm. 14:23
Só podemos servir a Deus estando com a nossa consciência limpa. A ação da nossa consciên- cia não depende de nosso conhecimento da Bíblia. Sem que ninguém nos ensinasse, sabíamos que o nosso namoro estava errado ou que as nossas finanças estavam desajustadas.
Aquele que é nascido de Deus tem, no seu espírito, a voz do Espírito Santo a falar pela sua consciência. Ninguém jamais poderá dizer que não sabia. A nossa consciência tem a função de testificar conosco a vontade de Deus.
c. A Função da comunhão
‘‘Meu espírito exulta em Deus meu salvador’’, Lc.1:47.
‘‘O que se une ao Senhor é um só espírito com ele’’. I Co.6:17.
Toda comunhão genuína com Deus é feita no nível do nosso espírito. Deus não é percebido pelos nossos pensamentos, sentimentos e intenções. Ele só pode ser conhecido diretamente em nos- so espírito.
Deus é espírito e somente o nosso espírito pode entrar em comunhão com Ele. É no nosso espírito que nos unimos ao Senhor e mantemos comunhão com Ele. Comunhão é adorar a Deus.
Tudo o que Deus faz, Ele o faz a partir do nosso espírito. É sempre de dentro para fora. Esta é uma maneira bem prática de sabermos o que vem de Deus e o que vem do diabo. O diabo sempre começa a agir pelo corpo, de fora, tentando atingir nossa alma. É de fora para dentro. Deus, por sua vez, age de dentro para fora.
Sempre que formos adorar a Deus, devemos nos voltar para o nosso coração, pois é no nosso coração que percebemos o nosso espírito.
Não procure exercitar a mente, mas exercite o espírito, mediante o coração. É por isso que a adoração com cânticos em línguas é mais eficiente, pois a nossa mente fica infrutífera e podemos exercitar o espírito livremente. A comunhão com Deus é sempre percebida no coração.
Como exercitar o próprio espírito
A obra de Deus em nosso espírito já foi completada. É como uma lâmpada que se acendeu. Jesus disse que o Espírito está pronto (Mt. 26:41).
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Mt. 26:41
O nosso espírito está pronto, mas ainda precisa ser aperfeiçoado pelo exercitar. É como uma criança que acabou de nascer. Ela é perfeita, mas precisa ainda ser aperfeiçoada.

Fomos regenerados, nascemos de Deus e ele agora habita em nosso espírito. A nós cabe agora exercitá-lo. Exercitamos o nosso espírito para separar aquilo que procede da alma do que procede do próprio espírito (Hb. 4:12).
a. Por meio do quebrantamento
A maneira como Deus nos leva a perceber o nosso próprio espírito passa por três caminhos. Em primeiro lugar, devemos entender que a alma esconde, encobre o espírito assim como os ossos encobrem a medula. Se quisermos ver a medula temos de quebrar os ossos. Por isso a alma precisa ser quebrada.
Sem quebrantamento é difícil percebermos o nosso espírito. Portanto, a primeira maneira que Deus usa para percebermos o nosso próprio espírito é pelo quebrantamento da alma. Nestas circuns- tâncias nos tornamos sensíveis a Deus em nosso espírito.
b. Pela palavra de Deus
A palavra de Deus também tem esse poder de separar alma e espírito. Deus na verdade usa o quebrantamento pelas circunstâncias e o poder da palavra para separar a alma e o espírito. Hebreus 4:12 diz:
Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qual- quer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e pro- pósitos do coração.
c. Orando em línguas
Uma terceira maneira para percebermos o nosso espírito humano é orando em línguas. Paulo diz em I Coríntios 14:14 que aquele que ora em línguas tem o próprio espírito orando enquanto a mente (alma) fica infrutífera.
Portanto se você não ora em línguas busque do Senhor esta experiência pois através dela você vai crescer no seu próprio espírito.
d. Rejeitando a passividade
Para que o diabo possa agir no homem ele leva o homem a se tornar passivo, mas para que Deus possa agir é preciso que o homem coopere exercitando a sua vontade.
Paulo diz em Romanos 1:9 que ele serve a Deus é no espírito. O mesmo se aplica a cada cristão. Precisamos aprender a exercitar o nosso espírito. A obra de Deus em nosso espírito já foi completada. É como uma lâmpada que se acendeu. Jesus disse que o Espírito está pronto (Mt. 26:41). A obra de Deus em nosso espírito já foi completada. Fomos regenerados, nascemos de Deus e ele agora habita em nosso espírito. A nós cabe apenas exercitá-lo.
Observe uma criança que acabou de nascer. Ela é perfeita, mas precisa ainda ser aperfeiçoada. Ele tem uma boca perfeita, mas não sabe falar, ela possui pés perfeitos, mas não sabe andar e assim por diante. O nosso espírito está pronto, mas ainda precisa ser aperfeiçoado pelo exercitar.

» Oração:
Senhor, ensina-me a esperar o cumprimento das tuas promessas em minha vida. Eu creio na tua fidelidade e aguardo, com paciência, o momento em que a minha bênção virá, pois sei o quanto tu me amas e tem prazer em me ver realizado. Em
nome de Jesus, amém.

Domingo convide uma pessoa amada e a leve à igreja.