“ Ande no espírito pela fé”.
Como ser dirigido pelo
Espírito Aula 1
Ande no espírito pela fé
Se vivemos no espírito, andemos também no espírito" (Gl. 5:26); "[...] visto que andamos por fé, e não pelo que vemos" (1 Co. 5:7).
Com relação ao nosso espírito, precisamos exercitá-lo, a fim de sermos guiados por Deus.
Com relação a nossa alma, ela deve ser transformada pela renovação da nossa mente. Com relação ao nosso corpo, ele precisa ser disciplinado.
O nosso espírito já foi regenerado. Uma vez que fomos regenerados, a vontade de Deus é nos dirigir através do Espírito Santo que habita em nosso espírito.
O poder de Deus está em nós. A saúde de Deus está em nós. A natureza de Deus está em nós. A bondade, a justiça, o amor de Deus, tudo isso reside dentro do nosso espírito recriado por causa do Espírito Santo que está dentro de nós.
Nós temos tudo o que é necessário para uma vida santa e vitoriosa. Esta provisão é a pessoa do Espírito Santo dentro de nós.
Todos nós éramos como enfermos portadores de vários tipos de doenças. Depois que o médico fez o diagnóstico, deu-nos a receita para que tomássemos vários tipos de remédios, cada um para uma doença. O farmacêutico, então, colocou todos os medicamentos dentro de uma única seringa. Esse conjunto de medicamentos foi a dose que resolveu todas as nossas enfermidades. A mesma coisa Deus fez em nós; Ele injetou em nós uma dose que resolveu todas as nossas necessidades, e essa dose é o Espírito Santo.
Tudo o que necessitamos para uma vida com Deus já nos foi dado por meio do Espírito Santo que em nós habita. Se precisamos de poder, Ele é o poder. Se precisamos de amor, Ele é o amor que foi derramado em nossos corações. Se precisamos de entendimento, todos os tesouros da sabedoria estão ocultos nEle. Portanto, todas as coisas já estão completadas em nosso espírito.
O que precisamos aprender é a sermos guiados pelo Espírito e a dependermos dEle em todas as nossas necessidades.
A vida cristã é constituída de duas substituições: a primeira foi na Cruz, onde o Senhor Jesus
morreu em nosso lugar, e a segunda é no nosso dia a dia, quando o Espírito Santo quer viver em nós, sendo a nossa própria vida.
Ande no espírito pela fé
Podemos entender o padrão da vida no Espírito compreendendo como foi o primeiro pecado. Conhecer o desvio nos ajuda a trilhar o caminho de volta ao modelo de Deus.
O primeiro pecado foi a incredulidade
Como surgiu o primeiro pecado do homem, assim surgem os outros, pois o princípio do pecado é o mesmo (Gn. 3:1-6). O primeiro pecado deu origem a todos os outros, e o princípio que o governou governa todos os outros.
O pecado se manifestou por três princípios: incredulidade, independência e vida natural.
O primeiro aspecto do pecado é a incredulidade. Deus dissera: "Se comeres, vais morrer". O diabo veio e desmentiu Deus, dizendo: "É certo que não morrereis". Eva preferiu acreditar no diabo do que acreditar em Deus.
Diante de você há duas afirmações: a de Deus e a do diabo. Qual você escolhe? A base dessa escolha é uma questão de "em quem vou crer?"
Eva duvidou da Palavra de Deus, e aqui começou o problema da carne. E, para entrarmos agora na dimensão do espírito, devemos cumprir a primeira condição: "Andar em fé". Se não andamos em fé, então não estamos andando no espírito – "andar no espírito é andar em fé".
Carnalidade é sinônimo de incredulidade. Aqueles que estão na carne são facilmente percebidos, pois eles são incrédulos, indiferentes e insensíveis.
Para com a pessoa de Deus, o pecado se manifesta de três formas.
O primeiro tipo de pecado é a soberba, a rebeldia. Esse pecado agride Deus em sua autoridade, no seu trono (Is. 14:13).
O segundo tipo de pecado é a desobediência. O desobediente agride Deus em sua santidade, que não suporta a iniquidade.
O terceiro tipo de pecado é a incredulidade. O incrédulo atinge Deus em seu caráter porque o incrédulo chama Deus de mentiroso.
Fé é sinônimo de vida no espírito. Uma pessoa que anda no espírito pode facilmente ser reconhecida, pois naturalmente expressará a vida.
O primeiro pecado consistiu em não se levar a sério a Palavra de Deus, agora, para andarmos
no espírito, seguimos no trilho da fé, que é a Palavra de Deus.
Em 1 João 3:23, lemos que a vontade de Deus é que creiamos e amemos. Tudo o que fazemos que sai desses dois trilhos é carne.
Mas precisamos também andar no sobrenatural. O sobrenatural aqui não significa algo fenomenal ou extraordinário. Significa que o meio é espiritual, e não natural.
Deus quer nos libertar do natural
Deus quer nos libertar tanto do pecado como do natural. Entenda a palavra natural aqui como algo que é percebido pelos cinco sentidos. O primeiro pecado levou o homem para o nível terreno do corpo.
Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto, e comeu, e deu também ao marido, e ele comeu (Gn. 3:6).
Eva foi primeiramente tentada a comer porque a árvore era boa para se comer (Gn. 3:6). Tudo começou no corpo.
As coisas do diabo começam no exterior
Esse é um critério para sabermos se algo vem de Deus ou não. As coisas de Deus sempre procedem do espírito para atingir a alma. As coisas do diabo sempre começam no corpo, na carne, para depois atingir a alma.
Depois da queda, tudo começou no corpo, assim, para andar no Espírito, precisamos andar no nível do sobrenatural em disciplina e sujeição ao corpo.
O corpo tornou-se um aliado do diabo
As coisas do mundo do Espírito somente podem ser experimentadas pelo espírito humano recriado. O pecado de Eva começou exatamente no corpo. Por ela ter abandonado o nível do espírito, o pecado teve espaço. Se desejamos servir a Deus, devemos fazê-lo pelo Espírito, pela vida de Deus. E, para que o Espírito flua, precisamos disciplinar nosso corpo.
O nosso espírito foi regenerado, a nossa alma está sendo transformada, e o nosso corpo deve ser disciplinado.
Não pode haver vida cristã sem renovação da mente, e também é impossível haver vida cristã sem disciplina do corpo.
Esta disciplina, porém, não é legalismo. Nós já fomos libertos da lei. "Porque o pecado não terá domínio sobre vós porque não estais debaixo da lei e sim da graça" (Rm. 6:14). Não transforme a disciplina do corpo em legalismo, tampouco em ascetismo.
Disciplina espiritual não é lei
A disciplina não é para comprarmos a bênção de Deus e nem para sermos aceitos diante dEle. Somos aceitos por causa do sangue do Cordeiro. A disciplina é para nós mesmos.
A oração não é uma lei, é uma “necessidade”, uma disciplina. Não muda a nossa herança e os nossos privilégios em Cristo, mas nos ajuda a perceber as coisas do espírito com mais clareza.
A disciplina é para nós mesmos, e não para sermos aceitos diante de Deus. O acesso diante de Deus é exclusivamente pelo sangue de Jesus.
Disciplina é trazer o corpo e a mente debaixo de sujeição para fazerem a vontade do espírito. Eu sou um ser espiritual, a minha vontade real está no meu espírito. O meu espírito sempre quer ter comunhão com Deus, o corpo é que procura resistir. Eu devo disciplinar meu corpo para que o impulso do meu espírito seja realizado.
O que significa andar em fé
a. Renunciar ao esforço próprio
Andar no espírito implica renunciarmos a três coisas: andar por vista, andar pelo esforço próprio e andar pelo entendimento próprio.
Todo carnal anda pelo esforço próprio. A fé pressupõe dependência de Deus. Se andamos pela nossa força, não precisamos exercer fé.
A principal característica da vida de fé é o descanso. Hebreus 4:3 diz que "os que crêem entram no descanso". Os que andam no espírito andam em descanso.
O verdadeiro descanso é poder dizer: "Senhor, és tu quem faz, não eu". A obra de Deus não se faz no cansaço, na fadiga ou no suor, mas na dependência do Senhor.
Ezequiel 44:17 dá uma orientação clara àqueles que trabalham no templo: “não se cingirão a ponto de lhes vir suor". Na obra de Deus, não pode haver suor.
Qual é o significado do suor? Gênesis 3:19 diz que o suor é resultado da maldição, por causa do pecado. Não temos de viver no cansaço. É como diz o cântico: “É meu somente meu todo o trabalho, e o teu trabalho é descansar em mim".
Jesus já suou sangue por nós para que nEle tenhamos descanso. O Senhor suou no Getsêmani o suor que nos cabia.
Fazemos espontaneamente a obra do Senhor quando nos enchemos dEle. O primeiro aspecto do andar em fé é o abrir mão do esforço próprio e entrar no descanso de Deus. Se andamos em fé, devemos entrar no descanso.
b. Não andar por vista
Andar por fé também significa “não andar por vista”, “visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Cor. 5:7).
Tenho comigo uma regra: enquanto o que vejo bate com a Palavra de Deus, continuo vendo; quando, porém, não bate mais, ignoro o que estou vendo e fico somente com a Palavra de Deus.
Podemos ver isso com relação às enfermidades. Muitos insistem em olhar para os sintomas, em vez de olharem para a Palavra de Deus.
Isso não significa mentir para nós mesmos, dizendo que não estamos doentes, mas é declarar a Palavra, a despeito dos sintomas da doença.
Andar por vista é uma característica do carnal. Se insistirmos em andar por vista, seremos escravos do natural, e as circunstâncias irão facilmente nos desanimar.
Devemos ter um olhar profético: andamos pelo que cremos que será, e não pelo que o diabo quer nos mostrar.
O segundo aspecto do andar em fé é não andar segundo a vista.
c. Rejeitar o entendimento próprio
Há aqueles que andam pelo esforço próprio, há os que andam por vista, mas há também os que andam pelo seu próprio entendimento.
Depois que o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele se tornou cheio de opiniões próprias. Para que o homem possa hoje desfrutar do melhor de Deus, ele precisa ser quebrantado em seu entendimento natural, independente de Deus.
Deus chamou a Abraão e lhe disse que ele seria pai de multidões. Ele e sua esposa não podiam ter filhos, por isso Abraão resolveu ajudar a Deus gerando um filho a partir de sua serva Hagar.
Aquele filho, chamado Ismael, foi fruto de seu entendimento humano e de sua força natural, tentando cumprir a vontade de Deus. Mas o Senhor não aceita isso (Gn. 16).
Deus rejeita aqueles que fazem coisas que não O agradam, mas rejeita também aqueles que fazem coisas para agradá-Lo, porém as fazem de acordo com o seu próprio entendimento.
O Senhor ordenou que Saul fosse e destruísse completamente a Amaleque. Mas Saul, vendo o gado bonito e as ovelhas gordas, resolveu separá-los para ofertá-los a Deus (1 Sm. 15:1-11). O entendimento natural é que se trata de um desperdício e, afinal, Saul estaria ofertando a Deus. O veredicto de Deus, contudo, é que aqueles que estão na carne não podem agradá-Lo (Rm. 8:8).
Existem muitas coisas que não são erradas aos olhos dos homens, mas que são reprovadas por Deus.
Todavia, não devemos ser escravos de códigos de conduta e normas de certo e de errado. O importante é aprender a andar no espírito. Se ouvimos o espírito naturalmente, faremos a vontade de Deus.
Se andarmos por entendimento, não dependeremos de fé; por isso, os que andam pelo entendimento próprio não podem agradar a Deus; o que eles fazem não provém da fé, e isso é carne.
Não devemos dar respostas prontas para as pessoas, antes devemos estimulá-las a usar o seu próprio espírito, para que possam discernir a direção de Deus.
Só há crescimento quando Deus fala; as palavras humanas podem ser boas, mas somente quando Deus fala há transformação e há vida.
Só há crescimento quando aprendemos a ouvir a Deus. Muitos discipuladores estimulam seus discípulos a dependerem deles. O verdadeiro discipulador deve ensinar o discípulo a ouvir e a depender de Deus. Se o discipulador sempre fala qual é a vontade de Deus, o discípulo nunca vai aprender a discerni-la por si mesmo, e isso é lamentável.
Carne é andar pela força própria, pela vista e pelo entendimento próprio. Andar em fé é o oposto: é andar no descanso de Deus, ignorar a vista e renunciar o próprio entendimento.
Oração:
Pai eu quero te adorar por tudo que você tem feito em nossas vidas . Obrigado pelo teu favor ! Perdoa todas as vezes que te esqueci, eu te peço não permita eu te suplico que o teu Espírito nunca se afaste de mim , apesar das minhas atitudes reconheço que sou falho me ajuda a melhorar.
Eu oro em nome de Jesus. Amém!